| De quarta (12) a sexta-feira (14/3).
| Mercado Eufrásio Barbosa (Largo do Varadouro, s/n, Varadouro, Olinda).
| Inscrições encerradas.
Abordagens críticas, anarquivismos e fabulações poéticas
Maria Vaz (MG)

| Quarta (12), quinta (13) e sexta-feira (14/3), das 9h às 12h.
Esta oficina tem como objetivo ampliar as possibilidades do fazer fotográfico em encontro com outras linguagens e processos criativos, trazendo obras e reflexões que tensionam os limites da fotografia por meio de abordagens críticas, “anarquivismos” e fabulações poéticas. Como pensar a fotografia para além do registro fotográfico? Poderia ela ser incorporada ao meio ou, ainda, ser a própria materialidade daquilo que representa? Como partir de imagens que já foram feitas – bem como da escassez de certas imagens – retomando arquivos institucionais e privados a fim de pensar outras possibilidades narrativas? Quais são os limites da fotografia – técnicos, conceituais e narrativos – e como a incorporação de outras linguagens potencializa a criação e os modos de narrar?
Quem ministra
Maria Vaz é artista visual e pesquisadora, doutoranda e mestra em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em seus trabalhos trata das relações entre memória, território e imaginário, através de fabulações críticas e poéticas, interseções entre imagem e palavra e o uso de arquivos públicos e privados. Foi indicada ao Prêmio PIPA 2023, contemplada pelo XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, selecionada pelo 9º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger e pelo 10º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Em 2023 foi premiada com a publicação do fotolivro Ilustríssimos, pela editora Porto de Cultura. É membro dos coletivos Women Photograph e Mulheres Luz e co-fundou o duo Paisagens Móveis, em parceria com Bárbara Lissa, com foco em temáticas que envolvem meio ambiente e ecocrítica. Com o duo realizou as individuais Quando o tempo dura uma tonelada e Três Momentos de um Rio, publicou os fotolivros Três Momentos de um Rio, pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, e Óris, pela editora Selo Turvo. Também com o duo foi selecionada pelo 8º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger.
Fotografia Pinhole: da Construção da Câmera à Prática Fotográfica
Dirceu Maués (PA)
| Quarta (12), quinta (13) e sexta-feira (14/3), das 9h às 12h.
Esta oficina apresenta aos participantes a prática da fotografia pinhole, explorando o processo de construção de uma câmera artesanal e o registro de imagens em filme fotográfico. Através de atividades práticas e orientadas, os participantes serão guiados desde a construção de suas próprias câmeras até a captura, revelação e análise dos resultados.
Quem ministra
Dirceu Maués vive entre Belo Horizonte e Montes Claros. É artista visual intermídia, doutor em Artes pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2022), Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília (2015) e Bacharel em Artes Plásticas também pela Universidade de Brasília (2013). Atualmente é professor no curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Atuou como fotojornalista nos jornais impressos de Belém do Pará, entre os anos de 1997 e 2008. Desde 2004 desenvolve trabalho autoral nas interconexões entre a fotografia e outras linguagens artísticas (vídeo, instalações, intervenções urbanas, desenho e pintura), buscando discutir a questão da tecnologia através da invenção e utilização de dispositivos precários.
Poéticas do Fracasso: processos experimentais em fotografia
Mitsy Queiroz (PE)

| Quarta (12), quinta (13) e sexta-feira (14/3), das 14h às 17h
Esta oficina propõe reflexões sobre processos experimentais em fotografia que questionam as convenções da imagem técnica e as condições para o seu acontecimento, reformulando a perspectiva binária do fracasso como insucesso ou ausência de competência para operar a câmera em todos os códigos do seu dispositivo. Assim, ao revisar a fotografia como categoria de pensamento e seus principais paradigmas, analisaremos processos de criação que flexibilizam a rigidez da câmera, propondo apontamentos críticos sobre o programa fotográfico e a alta tecnologia da contemporaneidade, abrindo sobretudo margem para compreensão do fracasso como epistemologia de afirmação do erro e fenômeno de ruptura estética nos processos de arte y vida cuir em contexto sudaca.
Quem ministra
Mitsy Queiroz é artista e pesquisador em processos experimentais de fotografia analógica, interessado na opacidade da imagem latente e seus mistérios, encoraja as afirmações do erro como fenômenos de ruptura e gestão da liberdade. Suas práticas refletem sobre a percepção do tempo, a transformação dos corpos e a conexão com a pesca artesanal. Atualmente, observa a relação de parentesco entre peixes e gentes, os movimentos de migração e a manifestação dos encantamentos entre as águas e a terra. Mitsy Queiroz é Mestre em processos criativos e sua abordagem multidisciplinar se destaca pelo envolvimento em práticas educativas e projetos colaborativos. Como artista visual, atua desde 2012, participando de mostras, salões, feiras de arte, programas de comissionamento de obras para galerias de arte e museus nacionais, residências artísticas, projetos de financiamento público e participação em importantes acervos como o da Pinacoteca de São Paulo.
INFORMAÇÕES
pequenoencontro@gmail.com



