Jeine Vieira | Camaçari, BA













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Morada é o lugar onde algo se encontra, seja de maneira permanente ou temporária. Um estar, mesmo que passageiro. Desde a primeira vez em que estive no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, em 2013, tive uma sensação de não querer estar. Havia, em mim, uma sensação de pena e justiça. Após visitas constantes, estreitei meu relacionamento com aquele lugar e, a partir de 2016, com a fotografia, transformei o meu antigo olhar, percebendo as nuances, os detalhes e os diferentes pontos de vista. Desloquei o olhar para o seu interior, suas cores, objetos e o que representava aquele espaço. Passei a ver as diferentes camadas encontradas ali. Um cenário que passou a surpreender meu olhar e despertou, em mim, algumas reflexões. Um lugar que serve de morada para pessoas em uma situação de restrição de liberdade, mesmo que momentânea, e que retrata a relação com o ambiente em que estão. Expressam valores e sentimentos de um pequeno grupo que ali vive, no limite de seus espaços. Há uma diferença no tempo de quem está dentro para o tempo de quem está fora.
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