
As palestras do Pequeno Encontro da Fotografia são uma oportunidade para o público conhecer aspectos variados dos processos de criação. Nesta 9ª edição, convidamos Marilene Ribeiro (MG), Ricardo Peixoto (PB), Simone Rodrigues (RJ) e Fabiana Moraes (PE) para falar sobre seus trabalhos. Na sexta-feira (15/9) e no sábado (16/9), as palestras ocorrem no Mercado Eufrásio Barbosa (Teatro Fernando Santa Cruz), logo após uma sessão de Projeções, e contam com intérpretes de Libras.
Para mediar as conversas, convidam
os a produtora cultural, professora e pesquisadora Rebeka Monita (PE). Com Mestrado em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (UFPE/UFPB, 2015) ela exerce, desde 2018, a função de vice-diretora do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam), instituição onde trabalha desde 2009. É professora bolsista da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), na Graduação EAD em Artes Visuais (2014-2022). Através da FioAções Contemporâneas, atua na elaboração, gerenciamento e execução de projetos culturais, especialmente de exposições, publicações e formações em artes. Publicou os livros Geração de um Pernambuco Contemporâneo / Rodrigo Braga e Fotografia: discussões e discursos no Mamam, do qual foi organizadora e coautora. É também vencedora do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte (2014-2015), na categoria crítica e pesquisa em fotografia e foi parecerista dos projetos em Artes Visuais do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG, 2016, 2019, 2022), do Sistema de Incentivo à Cultura do Recife (SIC, 2020), da Lei Aldir Blanc (LAB Olinda, 2020) e do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura, 2020 e 2021). Atuou também como suplente da cadeira de Artes Visuais do Conselho Estadual de Cultura, participando, nesse período, da Setorial de Artes Visuais. Organizou, junto a Direção do Mamam, e participou da elaboração do Plano Museológico da Instituição.
Sexta-feira (15 de setembro) – às 18h e às 19h30
Criando paisagens políticas – quando a fotografia expandida convoca a cidadania
Por Marilene Ribeiro (MG)
Artista visual e pesquisadora. Sua prática mescla fotografia com outras técnicas e mídias, com foco em Direitos Humanos e da Natureza. Indicada no PhMuseum como uma das 12 fotógrafas para se observar no mundo, tem trabalhos premiados pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), PHotoEspaña, Royal Photographic Society, Museu da Imagem e do Som, Prêmio Esso de Jornalismo, dentre outros. Tem ensaios sobre suas obras publicados em plataformas especializadas em fotografia como LensCulture, Photoworks, VIST Projects, The Royal Photographic Society Journal, PhMuseum, RPS Contemporary Photography Journal, Resumo Fotográfico, Viens Voir, e trabalhos exibidos nas Américas, Ásia e Europa. Recebeu treinamento pela Magnum Photos e frequentou a Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a CSM da University of the Arts London. É membro do coletivo de fotógrafas latino-americanas Foto Féminas e da plataforma Mulheres Luz e colaboradora do Fast Forward: Women in Photography e do Latin America Bureau. Doutora em Artes Criativas/Fotografia pela University for the Creative Arts, atualmente é pesquisadora associada da Escola de Artes, Línguas e Culturas da Universidade de Manchester e membro associada do Centro para Política Ambiental, Espacial e Cultural da Universidade de Brighton.
Onde o vento faz a curva… Memórias inventadas
Por Ricardo Peixoto (PB)
Artista multimídia e jornalista formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba em 1990. Trabalha como curador, arte-educador, fotógrafo, designer e produtor cultural. Coordenador da Ensaio ordenador da Ensaio Brasil Produções Ltda. (2011-2023). Curador da Bienal Latino-americana de Arte Postal da Parahyba (2002) e do Colóquio da Imagem – Festival Internacional de Fotografia da Parahyba (2021,2023). Integrante do Coletivo Brincantes de Imagens (2016-2023). Um dos fundadores do grupo de artistas Traficantes de Imagens na década de 90. Sócio-fundador da Ensaio, primeira agência de fotografia da Paraíba (1994-2010). Coordenou projetos de pesquisa e documentação através da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão da UFPB (1989-2005). Fundador do Movimento Conspiração Cultural (2004-2023). Fundador e curador da Galeria das Quinze Portas do Centro Estadual de Arte do Governo do Estado da Paraíba (2012-2014). Professor de Multimeios, Produção, Criação e Curadoria do Programa de Formação Técnica do Governo Federal (Pronatec, 2017-2018). Curador da galeria Galinha do Pé Seco e do projeto Fotografia do Mundo (2021-2023). Desenvolve projetos sensoriais de arte-educação utilizando a imagem como fio condutor no diálogo com outras linguagens. Há 27 anos ministra oficinas, cursos e palestras. Participa como membro em comissões de salões, festivais, concursos, bienais e editais nacionais. Com prêmios e participações em salões e festivais, seu trabalho integra acervos e coleções de museus, universidades, fundações e galerias da Argentina, Áustria, Brasil e França.
Sábado (16 de setembro) – às 18h e às 19h30
Imagem e desejo: entre a necessidade e a vontade
Por Simone Rodrigues (RJ)
Artista visual, pesquisadora e curadora independente. É mestre em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio, 1997). Trabalha desde os anos 1990 com organização de exposições, mostras audiovisuais, cursos e oficinas de arte e fotografia, com ênfase nas propostas coletivas e inclusivas. Foi cofundadora do Foto in Cena (1994-1998) e do Ateliê da Imagem (1999-2007), tendo coordenado centenas de atividades educativas e expositivas. Foi coordenadora dos Encontros de Inclusão Visual do Festival Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro (FOTO-Rio, 2009 e 2013). É professora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Ateliê Oriente e A Casa Foto Arte, em programas teórico-práticos que aliam pesquisa em História da Arte e desenvolvimento de poéticas contemporâneas. Investiga a fotografia como linguagem, na convergência entre arte, documento e hibridização dos meios, interessando-se, particularmente, pelas questões de identidade, gênero, corpo e memória. Também é diretora da NAU Editora, onde coordena a publicação de livros de Arte e Ciências Humanas. Lançou seu primeiro livro autoral em 2016, o projeto Nomes do Amor, com retratos e relatos de casais LGBTQ+. Este projeto integrou as exposições coletivas What is going on in Brazil?, que fez parte da programação oficial da 50ª edição do festival Rencontres Arles, na França (2019); Casa Carioca, no MAR – Museu de Arte do Rio (2020); Family in transition, no Festival Imago Lisboa (Portugal, 2021); Terra em Tempo, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2022); e Nomes do Amor, no Museu da Diversidade (Casarão da Cultura, São Pedro-SP), 2022-2023. Além disso, algumas obras dessa série integram a Coleção Joaquim Paiva, o acervo do Museu de Arte do Rio (MAR), o acervo do Encontros da Imagem-Associação Cultural (Braga-Portugal). Entre outros projetos, realizou a exposição e reedição de A Pintura em Pânico, obra de Jorge de Lima (1943), que foi a primeira publicação de fotomontagens no Brasil (Caixa, 2010). Em maio de 2022, assina a curadoria da exposição O Circo Modernista de Jorge de Lima, com as colagens/fotomontagens de Jorge de Lima, em cartaz na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, no mês de maio-junho. Participa da publicação Fotografia Brasileira, das Origens ao Contemporâneo, organizada por Angela Magalhães e Nadja Peregrino (Funarte, 2004), entre outras publicações de catálogos e coletâneas.
Arte, representação e a vulnerabilidade para além do sofrimento
Por Fabiana Moraes (PE)
Professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Campus Agreste. Pesquisa hierarquização social e a relação jornalismo e subjetividade. Vencedora de prêmios como Esso e Petrobras de Jornalismo, é autora de seis livros, entre eles O Nascimento de Joicy e A pauta é uma arma de combate (Arquipélago Editorial). Foi repórter especial do Jornal do Commercio. Colunista do The Intercept Brasil. Antes, UOL e piauí.




