“Fotógrafas nas linhas de frente: Reflexões sobre o gênero na fotografia de guerra”
por Thais Andressa Silva e Kátia Hallak Lombardi (UFSJ)
O cenário da guerra sempre foi pensado como um ambiente masculino. Homens guerreiam, enquanto às mulheres é reservado o papel de esperá-los e de sofrer por suas perdas. Essa visão perdurou por muito tempo, sustentada pelo ideal de fragilidade do corpo feminino, que era um fator limitador para a atuação das mulheres em campos de batalha, seja como enfermeiras ou como fotógrafas. Porém, algumas delas assumiram o papel de testemunhas dos maiores conflitos da história da humanidade, fugindo dos padrões que lhes eram impostos e se emancipando das visões sexistas. O objetivo central do presente artigo é investigar a atuação das mulheres na documentação de guerras ao longo dos séculos XIX, XX e XXI, com foco na análise de vida e obra de três fotógrafas que atuaram em conflitos distintos: Lee Miller (1907-1977), Gerda Taro (1910-1937) e Alexandra Boulat (1962-2007). Através da análise e reflexão sobre as imagens produzidas por elas, procura-se identificar características do olhar feminino, nos elementos formais e expressivos das fotografias realizadas por essas fotojornalistas.
Palavras-chave: fotografia de guerra; mulheres fotógrafas; fotógrafas de guerra; Lee Miller; Gerda Taro; Alexandra Boulat.
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