“Ventanas en el paisaje: el mundo al revés”
por Dirceu Maués (Belo Horizonte/MG)
Ventanas en el paisaje: el mundo al revés (Uma janela sempre emoldura o mundo lá fora). Em “Ventanas en el paisaje…” a janela é interditada para transportar o mundo lá de fora, ou pelo menos parte dele, para dentro do prédio. E o mundo de ponta cabeça que se projeta aqui dentro feito magia nos convida a pensar sobre a realidade lá do lado de fora. A imagem do horizonte sempre indica que existe algo para além de onde nossa vista alcança, que há em nossa realidade sempre uma possibilidade de transbordamento. O horizonte visto de ponta cabeça talvez indique que o mundo pode ser observado de um ponto de vista radicalmente diferente. Para quem está aberto ao deslocamento, essa inversão pode operar uma inversão de um ponto de vista, não apenas sobre o tecnológico, mas sobre os vários níveis de realidade do mundo. O mundo visto, literalmente, de ponta cabeça dentro da câmera obscura pode funcionar perfeitamente como metáfora para a situação atual político-econômica do país, ou para muitas das inversões de valores humanos no mundo globalizado.
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