Regiane Rios| BA
Para além de uma religião diaspórica afro-brasileira conhecida pelo culto aos orixás e que influencia diretamente na cultura brasileira em diversos campos, o candomblé resiste na atualidade como verdadeiro quilombo contemporâneo. No refúgio dos terreiros o conceito de vida em comunidade se amplia para preservação ambiental, produção de conhecimento, valorização da cultura e organização social em paralelo às tradicionais atividades de agricultura, criação de animais e o próprio culto religioso.
A proposta deste trabalho é oferecer uma perspectiva sobre a vivência em terreiro de candomblé à partir de uma narrativa humanizada pelo lugar de fala da artista que, enquanto negra e filha de santo, se debruça em destituir o olhar fotográfico colonizador e fetichista sobre a religião. Esta pesquisa está ancorada também na preservação da memória da comunidade a partir de uma visão própria sobre seu cotidiano simples, bucólico e afetuoso que desconstrói conceitos atravessados pelo racismo religioso e que remontam ao período da escravidão.
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