Patricia Gouvêa é uma das convidadas da 2ª edição do Pequeno Encontro da Fotografia. Artista visual que trabalha com fotografia, vídeo, instalação e intervenção urbana, seu trabalho prioriza a fotografia e a imagem em movimento e suas possíveis interfaces, onde a noção de tempo constitui um dos principais eixos de pesquisa.
No evento, será uma das responsáveis pela atividade de leitura de portfólios, na manhã da quarta-feira, 21 de maio; além de uma palestra sobre Fotografia e tempo como pesquisa artística, na quinta-feira, 22, a partir das 19h.
Confira entrevista que Patricia deu ao Pequeno Encontro da Fotografia.
– Há quantos anos atua na fotografia?
Como espectadora diletante desde 1993, profissionalmente desde 1995.
– Já veio a Pernambuco? Participar de eventos de fotografia? Quando e quais eventos?
Ainda não, estou muito feliz com o convite.
– Qual a expectativa em relação ao Pequeno Encontro da Fotografia e a atividade para o qual foi convidada?
Será uma ótima oportunidade para conversar com o público sobre minha pesquisa e meus dois livros editados, “Membranas de Luz: os tempos na imagem contemporânea” e “Imagens Posteriores”. Como foram lançados por editoras pequenas, são nestas oportunidades que podemos levar as indagações que geraram os trabalhos para o público Brasil afora, como já fiz em Belém, Belo Horizonte, São Paulo e Brasília. Ler portfólios também é uma prática que sempre gostei muito, a gente descobre coisas incríveis sendo feitas. Convidei algumas destas “descobertas” nas leituras que participei para expor na Galeria do Ateliê da Imagem, quando estava à frente da instituição. E quando posso, sempre submeto meu trabalho em leituras também, informais com amigos ou oficiais em eventos como este.
– Para você, como um evento dessa natureza ajuda na divulgação e ampliação da cadeia produtiva da fotografia?
Para mim fotografia é matéria de pensamento. Um encontro que privilegia o debate é importante para formar novas cabeças que irão usar a fotografia como pesquisa, e também promover a troca entre autores e pesquisadores que se encontram separados fisicamente neste enorme Brasil.
– Um trabalho importante na carreira
Banco de Tempo, feito em parceria com a artista Isabel Löfgren. Foi quando meu trabalho passou a incorporar intervenção urbana. E foi fruto de uma espécie de residência de quase 1 ano no Jardim do Museu da República, um local que eu frequentava antes. Em outubro deste ano iremos lançar o livro, que é uma obra em si e não apenas a documentação da pesquisa e exposição. Para conhecer: http://patriciagouvea.com/Banco-de-Tempo
– Mensagem ao público de Pernambuco interessado em conhecer o seu trabalho no evento
Gostaria de convidar todos os interessados em discutir meu processo de trabalho e as perguntas que me fiz ao longo do percurso. Mais do que certezas, estou interessada em hipóteses de pensamento.